Com uma proposta cultural e educativa, o filme busca alcançar um público diversificado
(Fotos Cedidas)
Na próxima quarta-feira (20), às 17h, o documentário "Egbé Orun: Família Espiritual" terá sua estreia no Auditório XV de Outubro (Paulo Freire), em Cosmópolis.
Com direção de Alexandre da Silva e produção de Felipe Siles, o filme, que possui classificação livre e tem a duração de 25 minutos, foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo 2023, um incentivo do município para produções culturais locais.
"Egbé Orun: Família Espiritual" explora uma das mais profundas facetas da cultura iorubá, um dos principais grupos étnicos da Nigéria e cuja tradição está enraizada na diáspora africana no Brasil. A narrativa segue a trajetória do Babalawo Rafael Araújo, respeitado líder espiritual do templo Ase Lofa Lokan, dedicado ao culto aos orixás em Cosmópolis.
Em uma jornada que começa com as memórias de sua avó Bernadete, baiana de origem, o documentário acompanha Rafael desde suas raízes na cidade de São Paulo, passando por Campinas até sua chegada a Cosmópolis, onde estabelece um elo duradouro entre cultura, ancestralidade e espiritualidade.
O termo “Egbé Orun”, uma divindade da cultura iorubá, significa "família espiritual" e é um conceito que transcende relações de sangue, englobando amigos, colegas de trabalho, parceiros e até mesmo antagonistas que cruzam nossos caminhos.
Sob essa perspectiva, o documentário aborda como a vida de Rafael é tecida pela ancestralidade e pela coletividade, valorizando não apenas sua trajetória pessoal, mas também as experiências de sua família e dos filhos de santo que integram seu templo.
A obra busca organizar e eternizar as memórias de Cosmópolis a partir de perspectivas não-europeias e não-hegemônicas, dando voz e espaço às histórias negras da cidade.
Com uma proposta cultural e educativa, o filme busca alcançar um público diversificado. Além de pessoas negras e de quem tem interesse na arte e cultura, o documentário também é voltado para a comunidade educacional — alunos, professores e funcionários — e todos que se interessam pelas memórias históricas e culturais de Cosmópolis.
A exibição promete ser um momento de reflexão sobre as memórias e histórias que definem a identidade de Cosmópolis, através do olhar de quem constrói uma nova narrativa para a cidade.
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