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Compreendendo a Intersexualidade


A intersexualidade é uma condição que envolve o nascimento de uma pessoa com características sexuais que não se encaixam nas definições típicas de masculino ou feminino.


Essa realidade biológica afeta milhões de pessoas em todo o mundo e tem implicações significativas para os direitos humanos, a saúde e a representação social.


Intersexualidade é um termo guarda-chuva, ou seja, que cobre uma variedade de condições em que os indivíduos nascem com variações nas características sexuais, como genitais, gônadas e níveis hormonais. Por exemplo, pessoas com Síndrome de Insensibilidade Androgênica podem nascer com genitália que parece feminina, apesar de terem cromossomos XY.


A intersexualidade não deve ser confundida com identidade de gênero, pois diz respeito a características biológicas, enquanto a identidade de gênero é a percepção pessoal do próprio gênero – e este é o fim das confusões com a transexualidade, que trata, necessariamente, dessa percepção.


Historicamente, a intersexualidade foi tratada com intervenções médicas invasivas e muitas vezes desnecessárias, com o objetivo de "normalizar" o corpo intersexual. Estas práticas médicas frequentemente ignoravam os direitos humanos dos indivíduos, impondo cirurgias e tratamentos sem o consentimento dos pacientes. No entanto, nas últimas décadas, houve um movimento crescente para reconhecer e proteger os direitos das pessoas intersexuais, advogando pela autonomia corporal e pelo fim das cirurgias não consensuais.


 A visibilidade intersexual na mídia e na cultura pop é essencial para a aceitação e compreensão, mas é muito pequena ainda, implicando em tabus e estigmas que poderiam já ser parte do passado. Representações precisas e respeitosas podem ajudar a combater esses preconceitos e aumentar a empatia por essa parcela da população. Histórias de vida de pessoas intersexuais, como a influenciadora Karen Bachini, por exemplo, oferecem uma visão pessoal dos desafios e triunfos enfrentados por essa comunidade – que não são novos, nem poucos.


Para garantir o bem-estar das pessoas intersexuais, é crucial que os cuidados médicos sejam informados e sensíveis às suas necessidades específicas, com uma abordagem interdisciplinar, que inclua apoio psicológico e aconselhamento familiar. É vital e urgente que os profissionais de saúde sejam educados sobre intersexualidade e estejam preparados para oferecer cuidados compassivos, éticos e atualizados. A medicina precisa ser vanguarda na prática, e de fato trazer benefícios e transformações cotidianamente para a comunidade intersexual, a LGBTQIAPN+ como um todo, e a sociedade em si.

  

A aceitação e inclusão das pessoas intersexuais são fundamentais para uma sociedade justa e equitativa. Como indivíduos e/ou coletivo, devemos trabalhar para apoiar e respeitar a autonomia e os direitos das pessoas intersexuais também, promovendo uma maior compreensão e aceitação de suas vidas e experiências, e menor desinformação e sofrimento em torno delas.


Por: Juh Brilliant (@juh_brilliant) – autor independente dos Livros “O Menino das Meias” e “BRILHANTE?!”, pedagogo, fotógrafo e colunista do Canal EiTV.

 

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